O que é essa sensação? Parece que esta faltando algo, algo que normalmente sempre se tinha, que estava presente no dia-a-dia de uma maneira tão tatuada que nem se reparava que estava ali, mas a questão de reparar não é de uma forma negativa e sim de parecer que fazia parte do corpo como um braço, perna ou até mesmo um coração.São coisas que normalmente sempre temos e que só sentimos falta quando necessitamos muito ou perdemos algo,independente de ter sido por bem ou por mal, foi perdido. Podemos associar isso a objetos, a pessoas, a sentimentos, a qualquer coisa que faça nos sentirmos assim. Eu, em particular associo a pessoas e a sentimentos provocados pelas mesmas, a perda de alguém, normalmente de grande valor, muda completamente o rumo de uma vida, nos deixando frágeis e sem chão para pisar, nós deixando sempre ao léu, ao desconhecido, ao escuro misterioso. Não digo familiares, mas sim alguém que surgiu e foi conquistando cada parte do seu coração com pequenas palavras e pequenos gestos que logo foram aumentando de forma incontrolável sem saber á proporção que tomaria e o tempo cada vez mais, fortifica esse laço, essa relação, seja de amor ou amizade, os tornando um só, fazendo com que você saiba que existe alguém em que você apostaria a própria vida sem pensar duas vezes, alguém por quem você sacrificaria tudo e a todos. O tempo passa e algo faz o laço se romper, ele rompe de tal maneira que apenas um dos lados se torna perdido, apenas um lado absorve todo impacto, o outro absorve, mas não tanto quanto o primeiro, não por desvalorizar o laço, mas sim porque um sempre tem que absorver mais que o outro, dessa forma você pensa, repensa, diversas vezes, situações, momentos e soluções para resolver esse vazio que surgi dentro do seu corpo, você se engana, menti para si mesmo, para assim tentar amenizar a dor, para saciar o desejo de ter esse alguém por perto, mas lá no fundo você realmente sabe que isso não irá adiantar de nada, que a única coisa que vai tampar esse buraco no seu coração será a sensação de ter o que você realmente quer por perto, o sorriso, o abraço, o olhar, a voz, o calor, a pessoa que faz toda a sua vida virar de pernas para o ar quando está perto de você. Inúmeras vezes você pensa nela por dia, quando ouve falar no nome ou vê uma foto você relembra tudo o que passou com ela, e se questiona se é assim mesmo que tem que ser.Pois saiba você, que essa sensação nada mais é do que saudade.
Yuri de Moraes
domingo, 30 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
A vida como ela é
Nessa vida,acostuma-se a morar em apartamento de fundo sem ter uma vista,logo,acostuma-se a nao olhar para fora da janela.Acostuma-se a andar na rua e ver cartazes,abrir revistas e notícias,aceitando os números de morte,aceitando fracassos nas negociaçoes de paz,lemos a guerra.
Toda gente,acostuma-se a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora,a tomar meio café porque está atrasado.Toda gente que nao tira sua própria vida,acostuma-se a viver porque nao dá pra morrer.Acostuma-se com o choque que causa a luz natural do dia aos olhos.Acostuma-se a pagar mais além do valor real das coisas, a engolir a publicidade,a esquecer temores e dores.
O costume,em geral,é para sofrer em doses pequenas e para poder brincar de felicidade em algum meio tempo.Acostuma-se,a nao se ralar na aspereza para preservar a pele.Acostuma-se a evitar sangramentos,esquivando-se de uma faca para poupar o peito.E aprende-se uma ideia do amor,acostumando-se com a miséria que se tem dele hoje.
Rebecca Kettrup.
Toda gente,acostuma-se a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora,a tomar meio café porque está atrasado.Toda gente que nao tira sua própria vida,acostuma-se a viver porque nao dá pra morrer.Acostuma-se com o choque que causa a luz natural do dia aos olhos.Acostuma-se a pagar mais além do valor real das coisas, a engolir a publicidade,a esquecer temores e dores.
O costume,em geral,é para sofrer em doses pequenas e para poder brincar de felicidade em algum meio tempo.Acostuma-se,a nao se ralar na aspereza para preservar a pele.Acostuma-se a evitar sangramentos,esquivando-se de uma faca para poupar o peito.E aprende-se uma ideia do amor,acostumando-se com a miséria que se tem dele hoje.
Rebecca Kettrup.
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